Onde vamos parar?
Essa pergunta me passa pela cabeça toda vez quando ouço histórias como essa que minha filha chegou contando hoje depois da aula.
Um aluno da classe dela não respondeu a chamada, a professora simplesmente lhe disse que ficaria com falta e o menino retrucou com um sonoro: FODA-SE, no que a professora sem se fazer de rogada responde: só faço isso com meu marido. Você deve estar pensando como eu, se não estivesse estabelecido acima que era uma conversa entre aluno e professora o último diálogo podia ser de qualquer pessoa no meio da rua, mas não, pasmem, essa conversa ocorreu dentro de uma sala de aula com várias testemunhas.
A palavra limite saiu do vocabulário português e agora parece que está saindo do dicionário e morrendo completamente. Por experiência própria confesso que não é fácil educar um adolescente nos dias de hoje, muita informação nos meios de comunicação e não estou dizendo que informação é ruim, mas sim o jeito que ela está sendo utilizada pelo nossos filhos.
O sistema educacional do governo e as leis do estatuto da criança estão contribuindo para que os nossos filhos percam a noção de limite. Toda e qualquer ação tem sua reação, mas nossos filhos estão aprendendo erroneamente que certos atos não serão punidos por serem menor de idade e nós pais estamos contribuindo esquecendo que a melhor forma de termos adultos responsáveis e íntegros é ensinando desde pequenos a respeitar as regras, os limites e deixando claro que haverá sim punição para a quebra dessas normas.
Na história acima, que minha filha me contou, só posso pensar que professores que agem dessa forma já se esqueceram do seu devido valor na sociedade e deixam que os adolescentes os ensinem o jeito de falar e agir.
Faz se urgente uma revisão das leis educacionais e dos direitos da criança e do adolescente, pois o correto é cumprirmos a lei e acatarmos a punição que o descumprimento delas acarreta. No momento não há leis que funcionem em caso de crianças e adolescentes desajustados.
Cabe a nós pais fazermos a nossa tarefa de casa, como dizem, filho deveria vir com manual de instrução, mas não vem, então a melhor maneira é usarmos o bom censo e usarmos uma frase antiga mas muito verdadeira:
"A nossa liberdade termina onde começa a do outro".
Di Monteiro